domingo, 15 de agosto de 2010

Desconexos

Atordoada tornou-se minha mente,
Pertubada e desvairada,
Pelas razões insensatas
Que como brisas me vem a tocar;

Somente sei,
Que nada esclarecerei,
O múrmurio do mar me silencia,
O plágio da melodia instiga o cerrar dos meus olhos.
Olvidando o desespero em que meu pensamento desabou.

A olência do sangue e da terra,
das rosas e das camélias,
Da chuva e do vinho,
Os retalhos da alma,
Lâminas do viver,
O amargor do veneno semelhante a uva verde;

Bailarinas e sapatilhas
Piano e fulgência
Cereja entre os dentes,
Fração de segundos,
Se vai devaneios...

Sarah Schmorantz

domingo, 8 de agosto de 2010

Encantos





Profundamente podiamos sentir aquela explosão de sentimentos que do nosso beijo originaram-se, permitindo a paixão nos abranger e inebriar com todo o encanto e formosura, porque a agrura poder não teve sobre dois corações que pulavam freneticamente na mesma melodia.
O encantado ósculo findou-se num selo prolongado, antecendendo o término. Seu sabor doce impregnado ficou em meus lábios.
Ainda de olhos cerrados, meus dedos procuraram seu rosto, afim de acarinhá-lo. Sua pele estava quente, assim como estava seu beijo enlevado.
Como uma gota de pergume, um pingo de tinta colorida, do meu coração embargado uma rosa timidamente era aflorada.
Viva... Eu me senti viva...

Sarah Schmorantz