terça-feira, 8 de março de 2011

Eu não preciso de você,
Eu não preciso de você,
Eu não preciso de você,

Talvez seja você a dor,
A dor que envenena minhas véias,
Congelando-as como os granizos que se aglomeram em minha triste janela,
Que esse afeto morra em seus olhos, e recupere essas lágrimas

Mancham seus dentes o álveo do meu sangue,
pétalas de amor aqui perece
Escorrem em meus pulsos,
Dimanando a dor que sobe,
A dor que desce,
Direto ao coração

Você derrete em meus sonhos como tempo em espiral,
Escada de púrpura,
E estrelas mortas no assoalho

Dilacere os sentimentos que de mim arrancastes,
Beba esta chaga que verte do cálice dourado,
Penetre com tuas lâminas meus anelos,

Mata-me por dentro
Rasga-me por fora
Que isso morra em seus olhos,
Eu não preciso dessa dor,
Eu não preciso de você

Sarah Schmorantz