sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Imortalidade

o dia anoitece,
a noite amanhece,
e aqui deixo esse perfume;

aqui jaz os tempos perdidos;
não volterei a este pretérito,
aqui vejo a lua,
dando esperanças ao céu morto;

E aqui eu sinto sede;
Entre as orquídeas que nasceram dessa dor,
nesse açoite que amargurou meu coração,
aquele que mortal não é mais;

Aqui eu ando por um mundo que mudou,
mas que continua o mesmo,
devido á bruta mudança do meu olhar,

E eu sinto a essência excêntrica,
o enérgico odor que busca meu olfato,
aquele que me segue;
seja aonde eu estiver

E aqui eu me vejo;
cantando melodias;
a cada segundo que respiro,
e aqui estou amando;
a cada suspiro.

Sarah Schmorantz

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

sangue e beijo




Uma lua pintada,
a cautela de um beijo,
o amor transparecido,
uma gota de sangue em meus lábios.

Caninos aguçados,
olhos reluzentes,
abraço ardente,
pescoço perfurado,
jaz vida humana.

Aqui está a lua até o fim dos tempos,
E a tua mão eu seguro até o fim das minhas noites.
Presentes estrelas,
amena parceria,
aqui eu te vejo,
aqui eu te amo,
aqui eu te afago,
com toda ternura.

Filhos dos milênios,
seres das trevas,
vampiros,
eu e você.

Dedos entrelaçados,
profunda escuridão,
troca de olhares,
suave beijo,
doce aroma,
agradável som.

Sei que sozinha não estou mais,
sem a ferida que arde no peito,
Agora curada,
uma vampira,
uma personificação da noite,
uma aprendiz,
uma livre,
uma apaixonada,
que segue o atalho sem cautela,
ao seu lado,
com o último assobio mortal.

Sarah Schmorantz