sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Imortalidade

o dia anoitece,
a noite amanhece,
e aqui deixo esse perfume;

aqui jaz os tempos perdidos;
não volterei a este pretérito,
aqui vejo a lua,
dando esperanças ao céu morto;

E aqui eu sinto sede;
Entre as orquídeas que nasceram dessa dor,
nesse açoite que amargurou meu coração,
aquele que mortal não é mais;

Aqui eu ando por um mundo que mudou,
mas que continua o mesmo,
devido á bruta mudança do meu olhar,

E eu sinto a essência excêntrica,
o enérgico odor que busca meu olfato,
aquele que me segue;
seja aonde eu estiver

E aqui eu me vejo;
cantando melodias;
a cada segundo que respiro,
e aqui estou amando;
a cada suspiro.

Sarah Schmorantz

2 comentários:

Sonia Schmorantz disse...

É um lindo poema, Sarah!
beijos

EDUARDO POISL disse...

Que a minha solidão me sirva de companhia,
que eu tenha coragem de me enfrentar,
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir, como se
estivesse plena de tudo".

Clarice Lispector


Desejo um lindo domingo para você.
Abraços com todo meu carinho